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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Esbravejo Gaudério

     Ontem eu vi um menino cheirando crack.
     Foi um dos piores e mais deprimentes momentos da minha vida, simplesmente horrível.
     Ai me perguntei: o que fazer naquele momento? Fiquei paralisado, atordoado, triste.
     Por que as pessoas fazem isso consigo mesmas? São vítimas de uma sociedade corrompida? São frutos de um estado cada vez mais alienado, burocrático, inerte?
     E o livre-arbítrio? Que outrora fora tão sonhado e utópico, hoje é uma realidade, mas o que fazemos com ele?
     Nosso querido Rio Grande, sempre propagado por alguns românticos como “o mais”, e por alguns outros mais realistas (ou menos bairristas) como “um dos mais” politizados estados da Federação encabeça a lista de usuários desta droga tão nefasta.
     A liberdade é bem utilizada pela maioria e de modo produtivo, embora geralmente egoísta. Mas de qualquer modo, exercida como bandeira do homossexualismo, identidade visual, grupos políticos, expressões culturais ou até mesmo da opção de ficar na inércia, entre tantas outras.
     Só que o fato relevante aqui é exatamente o outro lado. Como fica a minoria? Que cada vez mais aumenta? Quem defende seus interesses? A família que não sabe se acorrenta o filho ao pé da cama ou chama a polícia? A família que não sabe se dá o dinheiro para o usuário se acalmar e não espancar o pai ou se faz vista grossa para os objetos que vão sumindo e sendo trocados pelo vício que consome o ente querido a olhos vivos?
     Uma grande empresa de mídia faz propaganda contra, mas até que ponto essa campanha é eficaz? Não sou contra, mas talvez ela esteja fazendo a coisa do jeito errado. Da forma que está sendo feita, a droga tem espaço publicitário em horário nobre e parece ter voz própria que sussurra o dito popular: falem bem ou falem mal, mas falem de mim.
     Cadê o estado? Cadê o exército? Onde estão as forças políticas que negociam o salário de 600 pila de um aposentado em troca de um cargo de 10 mil? É desta corja que devemos esperar ajuda?
     Por que no Rio de Janeiro surgiram as UPP’s? Porque teve alguém com culhão para chutar o pau da barraca e seus currais eleitorais para o alto. E antes de alguém dizer que continua ruim por lá – o que é verdade – vejamos o ato de melhoria, porque a estrada é longa e não se desfazem erros conscientes de 40 anos em 4 meses. Mas ações podem começar, iniciar e acontecer a qualquer momento, inclusive a ação do seu dedo nos numerozinhos daquela caixinha que em outubro a corja lembra e chama de urna.
     Antes também de algum gaúcho achar que alguma coisa no RJ foi feita por alguém nascido aqui, deveria cobrar desta governadora paulista que nos governa por que alguém da sua equipe não vai à cidade maravilhosa aprender alguma coisa, ao invés de ficar pedindo favor ao seu candidato presidencial.
     Que una-se governo e grupos poderosos a favor da sociedade, mas que mostrem ações de fato, mão na massa. Que fiquem mostrando as conseqüências do vício, mas mostrem também as causas dele. O que fazer para impedí-lo? Aprendamos alguma coisa com as multinacionais, que oferecem mais que empregos em troca da isenção de impostos. Elas ensinam a atacar problemas na raiz, a prevenir. Remédio tem na farmácia da esquina, mas como curar um ser humano que aprende a usar crack na escola, ao invés de aprender a fórmula de báskara?
     Que tal tirar a mão do papel do higiênico e colocar num pincel de boa vontade? Que tal pintar um novo quadro nesta terra tão bela, que está precisando de uma visão que vá além do horizonte limitado do Mampituba?

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