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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Escolhas do mundo adulto

      Dizia o mestre Renato Russo: “quem pensa por si mesmo é livre, mas ser livre é coisa muito séria”. Sabemos hoje em dia o que é ser livre? R.R. ensina muito em suas palavras, conta a verdade de muitas vidas sem tê-las vivido. Quem ouve suas canções se apaixona por suas letras, as decoram, as devoram. Há sofrimento em muitas linhas, mas a dor ensina o ser humano a evoluir, ensina a ser mais forte, ensina que a dor faz parte da verdade e se você não sabe conviver com ela tem que aprender. Esse é um caminho irreversível, pois sangrar a alma não é uma escolha, mas uma direção que mais cedo ou mais tarde terá de ser trilhada.
      Quando se enfrenta este trajeto é preciso estar aberto ao novo, pois a dor não faz parte dos sonhos de ninguém, mas da vida de todos. Cada um tem sua parcela, mas todos pagam. Atrasar pode ser um mau negócio, pois o fiador pode voltar e cobrar tudo de uma vez só, e ninguém está preparado para esta quantia. Os caminhos se fecham e restam poucas escolhas: voltar atrás e saber que mais cedo ou mais tarde terá de enfrentar e sentir tudo isso de novo; viver no mundo ilusório, beber, drogar-se, criar uma dupla personalidade, refugiar-se num mundo só seu e irreal, sem “sofrimento consciente”; ou enfrentar a dor e saber que ela diminui em muitos momentos, mas também saber que em outros ela aperta e fere. Há melhor caminho? Não, apenas opções individuais.
      “Vem de repente um anjo triste perto de mim”, assim R.R. nos prestigia com outro ponto de vista, quem sabe apenas com um triste verso, mas de beleza única. “Quando tudo está perdido, sempre existe uma luz”, aqui se pode notar que o otimismo pode existir dentro de cada um. Mas nas entrelinhas há outros dois ensinamentos que nem todos conseguem ler nestas frases poéticas e profundas, talvez um pouco deprimentes, mas que exprimem verdades difíceis de serem ditas. Um anjo triste pode significar punição, mas também juízo. Faz tanto tempo que caminha sem saber pra onde que o seu anjo se entristece, mas conseguir senti-lo faz com que possa fazer algo para alegrá-lo, ou ao menos diminuir a tristeza do anjo, que se traduz na sua consciência, ou alterego. Quando se tem consciência do caminho errado, ou impróprio, vê-se a luz no fim do túnel, e neste momento outra direção se abre, uma que proporcione mudanças, que traga otimismo e quem sabe possa fazer “o anjo” gargalhar. Gargalhar é exagero, mas um sorriso seria muito pouco para momento tão sublime.
      A luz tocar a alma de um indivíduo é “coisa muito séria”. O ser humano se liberta e ai acontece o momento de novas escolhas. Novos caminhos. Novas direções. Sair das “trevas” é uma coisa, aprender a caminhar com dor é outra. Saber que momentos tristes e alegres existem, todos sabem, mas o que fazer nos momentos onde a alegria ou a tristeza se amplificam e tomam proporções que fogem ao controle? Aqueles instantes onde a insanidade bate na porta e o êxtase invade a mente humana. Estes trazem o verdadeiro ensinamento de R.R., que os limites existem e quem anda em cima deles o tempo todo cai, e na queda não importa o lado, pois nenhum deles é bom.
      Sentir a alma ser tocada, ter um orgasmo, deprimir-se, gargalhar, machucar-se fundo, ou sentir euforia é um limite que todos passam na vida, e bom ou ruim eles ensinam e fazem com que o ser humano aprenda a lidar com o seu limite. Por outro lado, prevenir-se, não machucar-se, sorrir, alegrar-se com pequenas coisas, sentir uma dorzinha de vem em quando são as partes onde se devem prestar atenção e aprender, pois são estes fatos quase imperceptíveis do dia a dia que proporciona a cada um chegar ao seu limite, subir ao topo, ou descer ao mais baixo nível. Mas cada pequeno acontecimento contribui de certa forma para saber o que fazer depois desta linha cheia de adrenalina ou melancolia ser ultrapassada. Deixar-se enlouquecer ou voltar ao normal e estar pronto para se chegar ao limite outra vez? A escolha é sempre sua, só sua. Bem-vindo ao mundo adulto das escolhas com conseqüências.

Um comentário:

  1. Renato Russo foi um fora de série. Exprimiu muito bem as idéias dele, mas com conteúdo próprio. Sua leitura foi além da mesmice.. afinal "mais do mesmo" já tem né..
    Continue a publicar!!
    Vou ler sempre agora!

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