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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Um encontro pode mudar sua vida

Sandra caminha apressadamente ouvindo seu aparelho de MP3 quando uma mão a puxa pelo braço:
- Sandrinha, quanto tempo!? Não pude acreditar que era você. Como você está bonita!
Sandra, ainda assustada pela surpresa responde meio surpresa e assustada:
- Mas Amora, você me deu um susto tão grande que pensei se tratar de um assalto.
- Nossa Sandrinha! Quanta preocupação, mas tudo bem. Desculpe a empolgação, a alegria, a euforia de encontrar minha melhor amiga da adolescência.
- Ah Amora, não fique assim, é que o mundo anda tão mudado, não sabemos mais quem é quem, em quem confiar.
- Que é isso Sandrinha!? Parece minha mãe falando. Para me desculpar venha tomar um café comigo na terça.
- Não posso, tenho compromisso.
- Então tome meu telefone e me passa o seu, ai não corremos o risco de perdermos contato novamente, ok!? E como você está linda!
Trocaram o número do telefone, cumprimentaram-se e seguiram seus caminhos. Na semana seguinte Amora
tenta diversas vezes falar com a amiga, mas sem sucesso. Ninguém tinha notícias da amiga há anos. Procura no guia e depois de certo esforço e muita internet encontra o endereço da amiga que não via há tanto tempo e vai ao seu encontro, mesmo que de surpresa.
Quando vai chegando próxima ao destino começa a estranhar a vizinhança, não era acostumada com aquela região da cidade. Mas se a amiga estava ali o sacrifício se justificava. Só podia ter casado com o crápula do Afonso, aquele mau-caráter. Ou será que empobrecera de vez? Mas já que tinha ido até ali, resolveu seguir.
Quando enfim chega ao endereço e toca a campainha, a surpresa! Sandrinha a atende de cinta-liga vermelha, máscara e chicote. Quando esta vê que não era Seu Miguel, o cliente esperado para aquela agora, fica estupefata e solta um grito de agonia, daqueles que vem dos confins do estômago, um grunhido abafado e melancólico. Fora descoberta!
Amora pegou a amiga pelo braço e entrou no apartamento, disse que só sairia dali depois de alguma ação ou explicação, que prometia seu silêncio e sua discrição. Sandrinha ensandecida disse que jamais isso aconteceria, o que a outra estava pensando? Não devia satisfação a ninguém? Amora disse que sim, e mais, pagaria para ficar ali. Sandrinha se ofendeu, mas a conversa foi acontecendo e passados 10 minutos, os ânimos foram se acalmando e por fim o curso de persuasão afetiva que Amora fizera em São Paulo havia enfim servido para alguma coisa.
A campainha toca: Triiiimm, Triiiimm.
Sandrinha ajeita o cabelo, recoloca a máscara e esconde a amiga rapidamente em um closet desativado.
Abre a porta e diz:
- Olá Seu Miguel, como vai?
- Agora melhor Dona Jasmira, nunca demora mais de 5 segundos para abrir a porta. Está tudo bem?
Sandrinha bate com o chicote na porta que se fecha.
- Tira a roupa! Agora!
Seu Miguel ia falar alguma coisa, mas havia algo diferente no olhar daquela mulher. Sandrinha nunca o recebera assim, mas como tinha o hábito de obedecer, assim o fez.
- Vamos Miguel (nunca havia se esquecido do “Seu” Miguel)! Eu vou te possuir como nunca! Não se assuste, não farei nada que o senhor não queira e hoje será de graça, o seu serviço foi pago por outra pessoa.
- Mas como assim? Ninguém sabe que eu venho aqui, você contou pra alguém sua ordinária?
- Cala a boca Miguel! Tire a roupa que você vai ser a minha despedida, o tempo que você agüentar eu serei sua, toda sua, e realizarei todas as suas fantasias, inclusive a de não pagar, que me pede a quase dois anos.
- Mas Sandrrrr.....
Então Miguel não conseguiu proferir mais nenhuma palavra que possa aqui citar.
Foram 3 horas de muita ação dentro daquele apartamento, como jamais havia acontecido entre ambos, nunca haviam passado dos 45 minutos quinzenais.
Na saída Seu Miguel ainda insistiu para ela continuar a prestar seus serviços, que depois disso tudo ela não poderia simplesmente sumir. Mas ela estava com aquela certeza que só uma mulher sabe demonstrar, com uma confiança inabalável, ai ele sentiu que o melhor momento da sua vida teria que ser muito bem guardado, pois não voltaria a vivê-lo.
Amora saiu o mais breve que pode do seu esconderijo sem poder conter sua excitação e a incredulidade de todas as coisas que ouvira nas últimas 3 horas e meia. Disse que tinha sido a maior e mais excêntrica experiência da sua vida. Chegou a propor que aquilo se repetisse, mas esta hipótese foi rechaçada por Sandrinha, que a agradeceu pela visita e pediu que a outra se retirasse para se recompor e colocar suas idéias e vida em ordem.
Jamais se ouviu falar na Sandrinha novamente. Já Amora, dois meses depois estava atendendo Seu Miguel no mesmo horário e local que a outra, mas sabia que ainda havia muito a aprender com o novo free-lance, inclusive com o dinheiro que começou a levar para o marido depositar na poupança.

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